Origem do GLP

O GLP consumido no País provém em sua maior parte do refino do petróleo. Dele são extraídos gases combustíveis, gasolina, nafta, solventes querosene, óleo diesel e um óleo pesado, denominado resíduo atmosférico, que, quando aquecido, resulta em um produto genericamente definido como gasóleo. Ao ser submetido a uma temperatura alta e à presença de catalisadores químicos, esse composto é transformado em GLP.

Outro processo da extração do gás liquefeito de petróleo acontece nas Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN), nas quais as frações mais pesadas do gás são separadas dos demais componentes. Os rendimentos do refino dependem do tipo de petróleo e da complexidade da refinaria. Por exemplo, petróleos mais leves geram maior quantidade de derivados leves, como gases combustíveis, GLP e gasolina. Dos mais pesados, nascem o óleo combustível ou o asfalto. Cerca de 8,75% de um barril de petróleo com capacidade de 159 litros são transformados em GLP. Trata-se de um produto inflamável, incolor, inodoro e asfixiante. O GLP é envasado na fase líquida e é utilizado como combustível na fase gasosa. Para que os vazamentos sejam facilmente identificados, são adicionados compostos à base de enxofre, proporcionando-lhe um odor característico.

História do GLP

 

 

A importância da utilização do fogo para a humanidade já é conhecida há muitos milênios, desde uma época que não podemos precisar, mas há provas de que já era usado na Europa e na Ásia na Era do Paleolítico Posterior e na Era do Neolítico, nada mais nada menos do que há cerca de 500.000 a.C.

O homem aprendeu quais são as propriedades inerentes ao fogo: calor e luz e a capacidade de fazer com que alguns materiais secos pegassem fogo.

O fogo tornou-se vital para o homem, proporcionando aquecimento, fonte de luz, proteção contra os animais e a possibilidade de cozinhar alimentos.

Fazer fogo e utilizá-lo de maneira produtiva foi fundamental para o homem iniciar seu caminho rumo à civilização.

A partir do domínio do fogo, foi possível a produção de utensílios cerâmicos, metais como o ferro e ligas metálicas como o bronze.

Até o ano de 1200, a madeira era a principal fonte de energia, o combustível gerador de calor e luz.  Mas, já no século XIV, com a invenção do alto forno, o carvão vegetal passou a ser mais utilizado devido ter maior eficiência.

No século XVIII, James Watt construiu a primeira máquina a vapor e o carvão mineral passou a ser utilizado como combustível.

Pode-se imaginar que o desenvolvimento industrial e o crescimento das cidades criavam a necessidade cada vez maior de energia e, conseqüentemente, de combustíveis que suprissem tal necessidade.

O petróleo já era conhecido desde a Idade Antiga, mas era pouco utilizado como combustível pois o homem não sabia como extraí-lo do solo. Ao longo de vários séculos, o petróleo foi recolhido na superfície. A primeira mineração aconteceu em 1742, na Alsácia (limite da França com a Alemanha).

Apesar dos métodos primitivos de extração, o petróleo passou a ser utilizado com mais freqüência e amplitude. Foi possível descobrir, inclusive, alguns derivados como o gás. Em 1810 em Londres, surge a idéia de engarrafar o gás em recipientes transportáveis, onde foram vendidos alguns cilindros de gás comprimido.

Em 1859, na Pensilvânia, Estados Unidos, foi aberto o primeiro poço mais profundo para a exploração de petróleo, com a produção de 19 barris por dia. O petróleo passou então a ser utilizado em larga escala, substituindo os combustíveis disponíveis, principalmente o carvão, na indústria, e os óleos de rícino e de baleia na iluminação.

Com a invenção dos motores a explosão, no final do século, começou-se a empregar frações até então desprezadas do petróleo e suas aplicações multiplicaram-se rapidamente.

Em 1907, outro processo de engarrafar o gás é desenvolvido pelo alemão Herman Blau. Ele utiliza o gás resultante do craqueamento de óleo.

O primeiro gás liquefeito de petróleo - GLP - foi produzido na refinaria da Riverside Oil Co. nos Estados Unidos e, em 24 de dezembro de 1910, foram produzidos 200 galões de GLP.

Em 1911, na Pensilvânia, a utilização do gás liquefeito de petróleo – GLP – inicia-se na indústria, alimentando maçaricos para o corte do aço.

Neste mesmo local, em 1912, é realizada a primeira instalação doméstica de GLP.

Em agosto de 1914 é deflagrada a Primeira Guerra Mundial e os dirigíveis Zeppelins, que eram utilizados para o transporte de pessoas nesta época, despejam centenas de bombas incendiárias.

Finda a guerra, em 1920, é constituída no Rio de Janeiro, a primeira empresa importadora de produtos como fogões e aquecedores para uso com gás encanado. Alguns equipamentos foram adquiridos para fazer demonstrações em sua loja.

A única dificuldade era conseguir o gás a um custo acessível. Este empecilho inicial foi resolvido quando em 1937 o dirigível Zeppelin Hindenburg se incendiou ao descer em Chicago, provocando pânico e mortes e encerrando a era dos dirigíveis.

Em 1940, é fundada a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, com escopo de elaboração e implantação de normas técnicas, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.

Em meados da década de 40, foram produzidos no Brasil os primeiros fogões para gás encanado – até então, só existiam os importados. As tubulações de gás, no entanto, eram restritas aos bairros mais centrais das grandes cidades. Para a população que ficava fora desses núcleos, as opções para cozinhar ou esquentar a água eram em geral, lenha, carvão ou querosene. Durante os anos da guerra, o comércio se torna problemático, mas o fornecimento do GLP é assegurado aos clientes.

Finda a guerra, o GLP é comercializado além das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Em 3 de outubro de 1953 a Petrobras é constituída, quando Getúlio Vargas sanciona a Lei nº 2204. (www.petrobras.com.br) Começa a produção de GLP e de fogões para uso com o GLP. Dessa época em diante, começaram a surgir outras companhias no ramo, até então explorado apenas pelas duas empresas.

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